As máquinas estão quase prontas

Faltando exatamente um (1) mês, a adrenalina está aumentando, já começa ficar com cara de realidade, o planejamento começa aparecer, estamos muito confiantes. Que a hora chegue!....

Divulgação do projeto na Festa Eletrosul em Movimento no Sertão

A presença da moto do Carlão/Ana e a Pagerinho do Jorge/Denise com os adesivos do projeto, chamou a atenção de muitos participantes que estiveram presentes na festa da Eletrosul em Movimento no Sertão/SC

Moto equipada e Pagero plotada


Localização na festa

Público na festa

4ºEncontro Andino - Palhoça Detalhes Finais

Muitas alegrias e muitos mapas

Mais emoção..... no 4º encontro.

No dia 8/12/09, parte do grupo andino, Graciano, Jorge e Denise, reuniu-se na casa do casal Carlão e Ana a fim de fazer alguns ajustes antes da partida. A pauta foi: definição do roteiro; data de saída; preparação física dos viajantes (assunto muito bem abordado pelo nosso amigo Silvio em postagem anterior), outros...

Momento regado a comes, bebes e algumas declarações...! No entanto, uma lacuna ficou, a ausência de Vilson, Dores e Natálie. O grupo mais uma vez cogitou, com entusiasmo, sobre a possibilidade de desfrutar da companhia de Sílvio e Cátia neste projeto, estamos na torcida casal!

Verificações de roteiro ( plano A, plano B e plano C)

No ar rarefeito

A ansiedade vem aumentando a cada dia. As motos e o carro de apoio já estão quase prontos. As roupas, equipamentos de motociclismo, e os aspectos econômicos estão sendo finalizados. As mentes estão focadas, mas, e os corpos? Estará o organismo preparado para enfrentar as dificuldades da longa viagem? Além das costumeiras dores nas costas, mãos, e região glútea, muito comuns em viagens de carro e moto, dessa vez os estradeiros vão enfrentar uma situação diferente, a altitude.

Certamente, os pulmões e coração acostumados à abundância de ar no nível do mar vão apresentar algum tipo de reação nas elevadas estradas andinas e no Altiplano. O acréscimo de altitude está associado à diminuição da pressão atmosférica e da disponibilidade de oxigênio no ar. No ar rarefeito ocorrem alterações no conteúdo de oxigênio no sangue e a decorrente diminuição na quantidade de oxigênio fornecida aos tecidos. Em condições normais, nosso organismo se adapta sem apresentar sintomas em altitudes de até 2000 metros acima do nível do mar. Desse ponto até 4000 metros, a diminuição de oxigênio é mais acentuada e os sintomas aparecem.

 

A freqüência respiratória aumenta, os batimentos cardíacos se aceleram e a concentração de glóbulos vermelhos, que transportam o oxigênio para os músculos, aumenta no sangue. Os sintomas mais comuns são respiração curta, dores de cabeça, náusea, vômitos e tontura. A insônia aparece em dois terços dos casos, e a perda de apetite atinge um terço das pessoas. A visão é o primeiro sentido a ser afetado pela diminuição de oxigênio tecidual, sendo observada pela diminuição da visão noturna. Nota-se enfraquecimento e descoordenação da musculatura extra-ocular, gerando borramento visual para perto.

É quase impossível prever quem vai sentir os efeitos da altitude. Aproximadamente 15% das pessoas sentem algum sintoma a 2.000 metros acima do nível do mar. O índice sobe para 60% quando se chega a 4.000 metros. Acima dos 5.000, todas as pessoas sentem algum tipo de efeito negativo. Qualquer pessoa pode sentir os sintomas e fatores como idade ou sexo não são determinantes. Uma característica que muito pesa na definição de quem sofre ou não com a altitude é a condição física. Quem está com bom condicionamento físico suporta melhor a situação. Porém, bom preparo físico e fôlego em dia, não garantem totalmente que uma pessoa ficará livre dos sintomas.

A melhor alternativa é subir aos poucos, viajando a alturas sucessivamente maiores com tempo suficiente para a adaptação. Quanto mais rápida é a chegada e mais alto é o destino, piores são os sintomas. Quem não tem tempo para fazer a adaptação deve tentar chegar ao destino com uma boa condição física. Recomenda-se caminhar ou correr com frequência nas semanas que antecedem a viagem. O uso de medicamentos para combater os males da altitude é polêmico. Muitos médicos não gostam de receitar substâncias que ajudam a metabolizar mais oxigênio. Soluções mais seguras são a aspirina, a cafeína e, nos países andinos, o chá de coca, substâncias capazes de amenizar os efeitos da altitude. Em caso de dúvida é aconselhável procurar um médico antes da viagem. Pessoas que sofrem problemas pulmonares ou cardíacos obrigatoriamente devem procurar um médico antes da partida para as altitudes pobres em oxigênio.

O Projeto Andes inclui vários trechos com altitudes acima de 3000 m e passagens por altitudes superiores aos 4000 m. O Paso de Jama na fronteira entre Argentina e Chile fica a 4300 m acima do nível do mar. Na Bolívia, além de La Paz, as cidades de Oruro, o Salar de Uyuni e o Lago Titicaca estão acima dos 3500m. No Peru, Puno, localizada nas margens do Titicaca, está a 3800m de altitude e em Cusco chega-se a 3.400 metros.

A altitude deve ser levada a sério pelos viajantes e qualquer sintoma deve ser considerado. Se o viajante não cometeu excessos na alimentação, no consumo de bebidas alcoólicas ou de atividade física e sofre sintomas fortes demais, recomenda-se procurar um médico. Se os sintomas não desaparecerem com o tempo, precisam ser examinados. A solução em casos de falta de recursos é procurar descer para altitudes inferiores aos 2000m.

3º Encontro - Reunião de São Joaquim

Ponto turistico na Praça Central em São Joaquim

No último final de semana(31-10-09), parte do grupo andino reuniu-se em São Joaquim-SC- a fim de realizar mais alguns acertos, tais como: teste de novos equipamentos(Ana e Carlão), data de saída, outros procedimentos, aquisição de moto nova(Dores e Vilson). E também o grupo ficou sabendo que não desfrutará da companhia do casal Cátia e Silvio que, diga-se "não de passagem" farão muita falta ao grupo. Sem querer ser redundante, como já falou o casal Ana e Carlão; Cátia(tranquila,meiga) Silvio(conhecimento,organização), esperamos, de coração, que esta situação possa ser modificada.

Brinde comemorando chegada da nova moto.

Nosso amigo Graciano sempre firme e fazendo as mediações necessárias com muito humor como no jantar: escolhendo uma parte especial da truta para saborear(... ), fato este que comentou por fone com Natalie.

Serra do Rio do Rastro com chuva

E, nós (Denise e Jorge) sem palavras para descrever momentos como estes, que independente das condições climáticas, quando se reune, o grupo andino está sempre ótimo. Abçs e até muito breve.

Tem moto nova no grupo

Vilson achando o caminho pra casa

A alegria é indisfarsável

Reunião almoço em Gravataí

Tem moto nova no grupo do Projeto Andes. Vilson passou esta manhã em Porto Alegre negociando sua XT660 azul, assessorado por ninguém menos que Graciano. Tudo resolvido, os dois almoçaram com Sílvio, Laerte e Jair. Vilson acaba de pegar a Freeway rumo à Santa Catarina.

Projeto Andes Fashion Week

Ana, Carlão, Vilson e Jorge estreando as camisetas. Faça já o seu pedido.

Vêm aí as camisetas do Projeto Andes.

Novo blog no ar

Carlão e Ana na Patagônia, com Lago Argentino ao fundo, estão de blog novo

O pessoal do Projeto Andes está mesmo disposto a contar sua versão dos fatos. Mais um blog brotou desse sonho, Carlão e Ana criaram o http://machupichuumsonho.blogspot.com/ no qual vão contar suas histórias. É mais uma bela iniciativa do pessoal que não vê a hora de pegar a estrada rumo aos Andes. O link também está na nossa lista de blogs ao lado.

Testando o equipamento

Carlão e a XT com 165 litros de capacidade de carga

O difícil é controlar a asiedade de ir para os Andes

O casal partindo de Viamão

Carlão e Ana aproveitaram o feriado e botaram os Metzler no asfalto da BR101 e foram de Florianópolis para Pedro Osório, no Rio Grande do Sul, onde mora a família de Carlão. A XT estava toda equipada com baús laterais e banco novos. Na ida passaram em Viamão onde Sílvio, Cátia e Graciano os esperavam com um almoço tipicamente caseiro e gaudério preparado pelo habilidoso Graciano. Arroz com linguiça, feijão mexido e uma couve refogada na manteiga. Diga-se de passagem, uma refeição pouco indicada para quem ainda tinha mais de 300 km pela frente, com o sol a pleno. Depois do banquete Graciano os acompanhou até Tapes, onde foi passar o feriado. Para Ana e Carlão o teste foi completo, no retorno pegaram chuva e descobriram algumas falhas no sistema de impermeabilização de baús e botas. Afinal, é justamente para isso que servem os testes.

A dica de um navegador solitário

Terça, dia 06, Graciano e Sílvio assistiram a palestra "Navegar é Preciso", proferida pelo navegador Amyr Klink. A apresentação, patrocinada pela Fundação CEEE, mostrou um Amyr tímido, mas muito bem humorado, ensinando como administrar empresas ou mesmo a própria vida usando como parâmetro a organização e planejamento de suas viagens pelos oceanos do planeta. Amyr Klink fez, em 1984, a travessia do Atlântico Sul vindo da Africa para o Brasil a remo. Em 1989, navegou até a Antártica e passou um inverno em seu veleiro Paratii preso de propósito no gelo antártico de onde partiu para o Ártico em uma viagem solo de quase dois anos. Em 1998 fez  a mais audaciosa viagem tentada sem êxito por muitos grandes navegadores. Velejou por 141 dias ao redor da Antártica em uma fantástica volta ao mundo através dos mares mais tempestuosos da Terra. Amyr também viajou de moto para Ushuaia na década 70.

Após a apresentação Graciano e Sílvio conversaram com Amyr Klink e descobriram que é possível conhecer a Antártica com baixo custo, partindo de Ushuaia. O navegador indicou que a melhor época é o fim de janeiro e os melhores navios são os noruegueses. "Quem estiver a fim de trabalhar no navio pode até conseguir uma viagem de graça", alertou o mundialmente reconhecido navegador. Os dois moto estradeiros ficaram muito interessados na dica de Amyr Klink.

Curiosidades Andinas - Salar de Uyuni

O Salar de Uyuni é aquela mancha branca no sudoeste da Bolívia em uma imagem do Google Earth a mais de 2 mil km da Terra.

 

O Salar inundado no verão

Planície de sal

O Salar de Uyuni, ou Salar de Tunupa, é a maior planície de sal do mundo, com 10,5 mil km2. Está localizado nos departamentos de Potosi e Oruro, no sudoeste da Bolívia, a 3650 m de altitude. Há 40 mil anos o salar fazia parte do lago pré histórico gigante Minchin, que abrangia também o Salar de Coipasa, localizado a noroeste de Uyuni. Presume-se que existam 10 bilhões de toneladas de sal em Uyuni das quais 25 mil são extraídas anualmente. Na vastidão de Uyuni também está a metade das reservas de lítium, metal usado na fabricação de baterias. Devido a seu grande tamanho e superfície lisa quando está coberto de água no verão, o Salar de Uyuni é usado como espelho para testes e calibração de sensores remotos instalados em satélites em órbita da terra.

Olha aí o Solo esmerilhando a Colorada.

Graciano e Carlão amaciando as máquinas.

A XT Colorada esperando Carlão e Ana. Jorge e Denise vêm logo atrás, no apoio.

Rumo aos Aparados

Sílvio, Cátia, Graciano e Natalie aguardando a galera de Santa Catarina em Terra de Areia.

Ana, Carlão, Vilson e Das Dores na 101, a caminho dos Aparados da Serra.

Nos Aparados

O Projeto Andes está cheio de novidades. Duas motos novas já estão amaciando pelas estradas do Sul do Brasil como parte dos preparativos para os Andes. Graciano, o primeiro a adquirir a moto para a viagem, foi buscar sua XT660R colorada em São Paulo. Carlão e Ana também já estão de moto nova, uma XT660R preta, muy linda.

Em 19 e 20/09 a turma se reuniu em Cambará do Sul, na belíssima paisagem dos Aparados, na pousada Corucaca. O encontro ocorreu em Terra de Areia, na BR101. Carlão e Ana, de XT que tinha saído da revenda no dia anterior, Vilson e das Dores, de CB 750 Four e Jorge e Denise, de Pajero, vieram de Florianópolis. Graciano e Natalie, na XT Colorada e Sílvio e Cátia, na Falcon guerreira patagônica, vieram de Porto Alegre e Viamão. O grupo subiu até o Café Tainhas pela Rota de Sol num dia perfeito para andar de moto. As duas XTs reluziam, mas não ofuscaram a beleza da CBF 750F do Vilson. O ronco do escapamento da CB Four era o cartão de visitas em cada parada da caravana. Depois de alguns túneis, muitas curvas e polimento em escapamentos e protetores de motor chegou a hora de um pastel clássico no Café Tainhas. Após um papo e alguns pastéis Sílvio e Cátia retornaram para Viamão e os demais foram para Cambará.

Foi um fim de semana memorável com as paisagens alucinantes do cânion da Fortaleza e as belezas da região dos Aparados. Teve encontro com a fauna local, muito sol, vento, passagens por riachos e travessias de lagoas enlameadas. Todos os componentes que servem de aperitivo para a grande viagem. Mais encontros estão a caminho na preparação de equipamentos, corpos e mentes para o desafio andino.

Corre Inca...

Mais um blogueiro pra apimentar essa aventura. Graciano, o Solo, criou mais um espaço para divulgar o Projeto Andes e mostrar o altiplano atravéz de sua visão. Que beleza, a coisa toda tá embalando pra subir o morro. Acompanhem nosso amigo que já está na lista de blogs.

Do outro lado do Atântico

Enquanto nos preparamos para os Andes, receberemos informações diretamente da terra da rainha onde está Leonel Veiga, filho de nosso colega Laerte. Leonel está em Londres onde passará alguns meses estudando. Bela oportunidade de sabermos como é a vida no "primeiro mundo" através da ótica de um guri muy bem criado nos pampas. Aí vai um grande abraço e desejos de boa sorte e tudo de bom ao Leonel que agora leva a turma do Projeto Andes de carona nessa sua trip londrina.

A camiseta

A primeira idéia de camiseta já está por aí. Olha só.

Curiosidades Andinas

San Pedro de Atacama é uma pequena cidade da província de El Loa, localizada na Região de Antofagasta, no Chile. Um verdadeiro oásis a 2400 m de altitude, San Pedro tem aproximadamente cinco mil habitantes. Já teve sua economia baseada na exploração de minérios como prata e posteriormente, cobre. Atualmente é um grande centro turístico no deserto do Atacama, recebendo anualmente milhares de turistas oriundos de todo o mundo. O oásis de San Pedro era habitado pelos Atacamenhos, ou Likán-Antai, a mais de 3000 anos. Surgiu efetivamente como povoado em 1450, data aproximada, e foi usada mais tarde como um centro de parada para os colonizadores espanhóis que cruzavam os Andes, na importante rota que liga Salta, no norte da Argentina, ao Pacífico. A cidade atual desenvolveu-se a partir de sua igreja, construída pelos jesuítas espanhóis no início do século XVIII.

Curiosidade

Embora seja um oásis na Puna Atacamenha, a água disponível em San Pedro é contaminada com altos índices de arsênico, oriundo dos lagos de sal muito comuns na região, em níveis 60 vezes superiores ao recomendado pela OMS. Curiosamente, a população indígena desenvolveu uma tolerância natural a este metal tóxico e sofreu pouco os efeitos da contaminação. Atualmente há uma estação de tratamento que reduz a níveis seguros a contaminação natural da água de San Pedro.

Voar mais alto

"...desliguei a moto e percorri a pé o lugar sob um silêncio sepulcral quebrado apenas pelo zunido do vento e o ranger triste de portas por onde não passa mais ninguém. Telhados de zinco vermelho cobrem prédios de paredes que se mimetizam com a paisagem. Ciprestes desfolhados, ali plantados pelos colonizadores, mostram as sequelas causadas pelo vento implacável. Tinha a sensação de ser observado por algum esquilador à espreita atrás de uma das tantas janelas sem vidros. Cercas descontinuas de madeira nua já não separam mais a praia da estrada. Caminhei pela areia negra da margem até as carcaças corroídas de ferrugem tendo a impressão de ouvir o apito da embarcação que já não parte mais. Parei e agucei a audição para só assim entender que era o vento pregando mais uma peça. Voltei até a estrada e de costas para as naus de Magalhães olhei para a rosa dos ventos sobre o prédio de La Proveeduria Oficial que apontava o “S” em minha direção, avisando que o sul é aqui. Como diria o padre De Agostini:

“Em ninguna outra circunstancia el hombre se da cuenta com mayor evidencia de cuán remoto es el rincón del mundo en que se encuentra.”

A melancolia me aprisionava e aos poucos fui perdendo o rumo da saída. Estava mais para milonga do que para tango. Uma rajada fria me despertou avisando que estava na hora de partir. Subi na moto e acelerei. San Gregório é uma síntese do Sul."

do livro Rumo Sul, que um dia será editado

Agora é para o Norte. Chegou a hora de mais um sonho ganhar forma. Depois da vastidão fria e do vento da Patagonia queremos subir a montanha. Correr mais perto do céu onde os pulmões sofrem para extrair o escasso oxigênio do ar enquanto os olhos contemplam visões fantásticas de montanhas, lagos, salares e ruinas de civilizações perdidas. Queremos os Andes, San Pedro de Atacama, o salar de Uyuni, o lago Titicaca e, como objetivo final, Machu Picchu, o santuário Inca escondido nos Andes.

A caravana vai partir mais uma vez e os detalhes serão postados aqui neste blog que, assim como o http://rutasul.blogspot.com, será o ponto de encontro entre sonhadores, curiosos, estradeiros, loucos, inquietos, aventureiros e muitos outros que nos acompanharão em mais esta aventura.